O Amapá é uma das 27 unidades federativas do Brasil. Está situado a nordeste da região Norte e tem como limites a Guiana Francesa a norte, o Oceano Atlântico a leste, o Pará a sul e oeste e o Suriname a noroeste. Ocupa uma área de 142.814,585 km². A capital é Macapá. As cidades mais populosas são Macapá, Santana, Laranjal do Jari e Oiapoque.
O Amapá é um dos mais novos estados brasileiros
e o mais preservados deles, tendo 72% dos seus 14,3 milhões de hectares
destinados a Unidades de Conservação e Terras Indígenas. As dezenove
Unidades de Conservação do Amapá perfazem cerca de 9,3 milhões de
hectares, tornando-o o único estado da federação a destinar um
percentual tão significativo de suas terras para à preservação
ambiental. Os dados absolutos são de 10,5 milhões de hectares, que
equivalem ao tamanho de um país como Portugal.
O relevo é pouco acidentado, em geral abaixo dos 300 metros de
altitude. É um dos poucos estados que, em sua condição geográfica,
permite a formação de um conjunto de ecossistemas que vão desde as
formações pioneiras de mangue à floresta tropical densa, passando por
campos inunáveis e cerrados. Seus principais rios são: Amazonas, Jari, Rio Oiapoque, Araguari, Calçoene e Maracá.
A maior parte de seu território está contido na Bacia das Guianas (ou
seja, é parte integrante do escudo das Guianas, apresentando rochas
cristalinas do período Pré-Cambriano).
O Amapá tem um grande número de imigrantes vindo da Guiana Francesa (a maioria no município de Oiapoque)
e vários outros oriundos de todas as regiões do país, dentre os quais
destacam-se os mineiros, goianos, paraenses, paranaenses, cearenses e
maranhenses. O fluxo migratório tem aumentado nos últimos anos em razão
do desenvolvimento dos setores econômicos do estado. O índice de
imigração do estado foi de 0.2870 no ano de 2009, de acordo com dados do IBGE.
Atualmente, está sendo construída sobre o Rio Oiapoque uma ponte binacional, que ligará o estado do Amapá à Guiana Francesa.
Localizada a 5 km da cidade de Oiapoque (600 km de Macapá), a obra teve
início em 13 de julho de 2009 e, segundo previsões, será inaugurada em
dezembro de 2012, com custo de aproximadamente 71 milhões de reais. As obras terminaram no final de 2011.
Também foi construída a ponte sobre o Rio Vila Nova, que liga Macapá (a capital do estado), Santana (município vizinho) a Mazagão,
a obra começou no mês de maio de 2009 e terminou no segundo semestre de
2010. O investimento da ponte girou em torno de 30 milhões de reais, e
ela tem 420 metros de comprimento; um acidente ocorrido em março de 2010
(e que deixou cinco mortos) atrasou as obras.
A origem do nome do estado é controversa. Na língua tupi, o nome "amapá" significaria "o lugar da chuva" (ama, "chuva" e paba, "lugar", "estância", "morada"). Segundo a tradição, porém, o nome teria vindo do nheengatu - língua geral da Amazônia, uma espécie de dialeto tupi jesuítico - significando "terra que acaba" ou "ilha". Segundo outros, a palavra "amapá" é de origem nuaruaque ou aruaque, pertencente à mais extensa das famílias linguísticas da América do Sul, dos habitantes da região norte do Brasil ao tempo do seu descobrimento - e identificaria uma árvore da família das Apocináceas. A árvore produz um fruto saboroso, em formato de maçã, de cor roxa, que é parte da farmacopeia amazônica. Da casca do tronco dessa árvore, o amapá (Hancornia amapa), típica da região e cujo desenho está no brasão do Estado do Amapá, é extraído o látex (chamado leite de amapá) usado na medicina popular
como fortificante, estimulante do apetite e também no tratamento de
doenças respiratórias e gastrite. Popularmente conhecida como
"amapazeiro", a espécia encontra-se ameaçada, dada a sua exploração
predatória para extração da seiva.
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